skip to Main Content
De Mal Assombrado A Centro Cultural: Castelinho Do Flamengo Reúne Histórias Culturais E De Arrepiar

Tema de diversas matérias sobre locais assombrados, o Castelinho do Flamengo, um prédio icônico, construído em 1918 fabricado no estilo misto Art Nouveau, neobarroco, rococó, neogótico francês e entre tantos outros. O arquiteto italiano Gino Copede fez seu trabalho sem vir ao Rio, enviando as plantas para o arquiteto Francisco dos Santos executar o trabalho. O prédio se destaca pela sua beleza clássica inspirada na arquitetura italiana e chama atenção pelo disparate em relação às construções existentes ao seu redor.

O Castelinho do Flamengo abriga hoje o Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho e é tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. O tombamento é definitivo e sua Resolução consta no Decreto n° 4.320 de 14/11/83. O prédio se encontra na Praia do Flamengo, antiga Av. Beira Mar, nº 158.

As obras do Castelinho tiveram início em 1916 e foram finalizadas em 1918 no intuito de ser a residência oficial do Comendador Joaquim da Silva Cardoso, fundador e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro – SINDUSCON-RIO – entre 1931 e 1934. Referência na época, o português foi responsável por criar diversos palacetes para personalidades da sociedade carioca.

Eis que surge um novo casal para viver no palacete, Avelino Fernandes, Rosalina Feu Fernandes e a filha do casal Maria de Lourdes Feu Fernandes. Segundo matéria do Jornal DR1, o casal teria falecido em 1932. Reza a lenda que eles teriam sido atropelados por um bondinho que passava bem em frente ao palacete. A filha, Maria de Lourdes, teria visto tudo acontecer. Vivendo sob a guarda de um tutor, o advogado da família, ela teria passado por maus bocados tendo sido presa na torre mais alta do palacete pelo então tutor. Maria de Lourdes teria se suicidado por não aguentar a vida aterrorizada que levava.

Há relatos em diversas matérias pela web, incluindo uma matéria do jornal O Globo, que cita que a então filha do casal se mantém na casa em busca de vingança. Sendo uma propriedade imponente e cobiçada pelas mais diversas personalidades, o morador seguinte se mudaria para o palacete em 1964, o senador Manoel Joaquim de Mendonça Martins. Em 1964 o casarão já consta como propriedade do senador Mendonça Martins, que ao morrer, o deixa como herança para cinco herdeiros. Após dez anos e muitos empecilhos jurídicos, o inventário pode ser concluído. Durante este período, o casarão ficou abandonado e chegou a ser ocupado por moradores de rua.

A ideia do tombamento veio na década de 80, através dos esforços do escritor Pedro Nava, na época Presidente do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, em conjunto com o ex-Prefeito da cidade do Rio, Julio Coutinho.

Castelinho do Flamengo atualmente

O Castelinho do Flamengo é um centro de cultura atualmente, que conta com uma videoteca e mais de 1.500 títulos em acervo, e catorze cabines individuais para vídeo e TV a cabo. O prédio abriga também o auditório Lumiére que possui capacidade para quarenta lugares, além de duas salas para realização de cursos e workshops e uma sala para exposições. No alto da torre, no quarto andar, existe uma sala de leitura de textos dramatizados.

São três pavimentos com um terraço coberto por um torreão com dois estágios de mirante. Existe um edifício anexo que possui uma garagem no pavimento térreo e cômodos na parte superior do sobrado.

O palacete chama a atenção pela presença de seus vitrais decorados, azulejos, esculturas de anjos e de divindades. Nas paredes há frisos, colunas, e nas portas, há janelas de cristal. Muito bem adornado, a decoração leva tons de terracota, incluindo na escadaria de madeira construída envolta ao prédio. Existe o pavimento nobre onde há gradis estilizados com abelhas estilizadas e estuques com figuras humanas.

Na fachada há rostos femininos e também esculturas de cabeças de felinos. No telhado, telhas francesas; e ao adentrar o prédio, a primeira coisa que se vê é o portão em formato de borboleta. Para abrigar o centro cultural que existe hoje, após o tombamento, o palacete recebeu uma obra de restauração que custou nada mais nada menos que um milhão e duzentos mil dólares.

Confira as salas e o que compõem cada uma:

  • Sala Vianinha – exibe uma exposição permanente de Oduvaldo Vianna Filho, com fotos, pôsters de algumas de suas peças e filmes;
  • Midiateca – através de um cadastro, o visitante pode consultar gratuitamente seu acervo de cerca de 750 títulos;
  • Auditório – pequeno auditório com quarenta lugares;
  • Espaço – possui três pequenas galerias e três salas para debates e oficinas.

Fonte: Assessoria de Comunicação – CNB/RJ

pt_BRPortuguês do Brasil
Back To Top