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Desde outubro, 15º Ofício de Notas passou a integrar a campanha Sinal Vermelho, que visa a incentivar e facilitar denúncias de violência doméstica contra a mulher

A delegada Izabela Santoni esteve no 15º Ofício de Notas para orientar sobre como identificar e acolher as vítimas de violência doméstica (fotos: divulgação)

Os colaboradores do 15º Ofício de Notas, maior cartório de notas do Rio de Janeiro, participaram de uma palestra sobre violência doméstica na tarde de segunda-feira com a delegada Izabela Santoni. A iniciativa faz parte da campanha Sinal Vermelho e tem como objetivo preparar os funcionários para identificar e acolher as mulheres vítimas de violência que recorrerem ao local pedindo ajuda.

O 15º Ofício de Notas promove, ainda, com consultoria de Izabela, uma campanha de conscientização e de esclarecimento para ajudar a reduzir esse tipo de crime.

“A adesão de cada vez mais instituições é uma das principais formas de prevenir, informar e gerar confiança e proteção às vítimas de violência doméstica. O acesso a canais seguros e confiáveis de informação como os cartórios, é sem dúvidas, parte fundamental para evitar a perpetuação de situações de violência à mulher, seus traumas físicos e mentais”, afirma a delegada que tem 20 anos de carreira.

O 15º Ofício de Notas iniciou uma campanha de alerta e prevenção à violência contra a mulher na unidade do Centro

Desde outubro, os cartórios que aderiram à campanha estão aptos a receber e dar apoio às mulheres vítimas de violência. Caso a vítima não queira, ou não possa ter auxílio no momento, os funcionários deverão anotar seus dados pessoais, como nome, CPF, RG e telefone, para depois informar a denúncia às autoridades responsáveis.

Ingrid Brasil, coordenadora do Setor Empresa no cartório, destaca que as orientações são importantes para um atendimento humanizado.

“Nós temos que criar uma rede de proteção onde a mulher, ao procurar o cartório, seja bem assistida, respeitando a dor e a sua bravura na hora do acolhimento”, comentou.

Michelle Novaes, substituta legal do 15° Ofício, destaca que a inserção de notários e registradores têm “uma função disruptiva na sociedade brasileira e acontece num contexto de agravamento dos números de violência e feminicídio desde o início da pandemia”.

De acordo com dados da Associação dos Magistrados Brasileiros, mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual entre agosto de 2020 e julho de 2021, número que representa 24,4% da população feminina com mais de 16 anos que reside no Brasil.

O Dossiê Mulher 2021, relatório do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, revela que 98 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica e familiar em 2020 no Rio de Janeiro. São 270 casos por dia, ou 11 vítimas por hora. Deste total, 78 foram vítimas de feminicídio e cerca de 20% dos casos foram presenciados pelos filhos.

Fonte: Diário do Porto

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