Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro (CNB/RJ) acompanhou o ocorrido in loco e prestou suporte à tabeliã
Quem vê fotos do Ofício Único de Carapebus hoje, não imagina como ele aparentava estava há quase um ano. A pequena cidade que compõe a região do Norte Fluminense ficou irreconhecível após as chuvas torrenciais no fatídico dia 1º de dezembro de 2022. Assim como casas e comércios que funcionavam no centro da cidade, a serventia foi tomada pela enxurrada de lama e destroços que vinha da cidade vizinha, localizada um pouco mais acima.
O fato é que passados oito meses da tragédia, a serventia foi reinaugurada no último dia 14 e uma nova sede estabelecida. Do espaço, que atendia aos requisitos de segurança exigidos pelo Tribunal de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça, órgãos que regulam as atividades extrajudiciais, nada pode ser aproveitado tamanha a destruição.
Danielle Pulchieri, tabeliã titular da serventia falou ao Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro (CNB/RJ) sobre os desafios enfrentados durante o período de identificação dos fatos até a reestruturação do cartório, que é o único da cidade.
“Foi um grande desafio coordenar a reestruturação física e eletrônica da serventia, principalmente para nós, um ofício único tão pequeno, com poucos colaboradores e que, paralelamente à gestão da crise, não deixou de funcionar nenhum dia sequer. Todo o trabalho foi realizado com a maior lisura, seriedade e profissionalismo possível, pensando sempre no melhor para a população, funcionários e para o futuro da Serventia”, destacou.
À época, questionou-se a ausência de um protocolo por parte das entidades governamentais acerca de situações de calamidade pública que possam acometer e comprometer o funcionamento dos serviços extrajudiciais. “A ausência de um protocolo de atuação nesse cenário de guerra, com definição de ações emergenciais voltadas para a proteção do titular da delegação, do acervo público e dos próprios cidadãos fez muita falta”, recorda Danielle.
O que fez a diferença foi o apoio das entidades, que prestaram suporte para que a serventia se mantivesse em pleno funcionamento mesmo durante toda a dificuldade enfrentada. “Com empenho e dedicação de toda a equipe, formada apenas por mulheres, considerando a gravidade da situação e as possibilidades do serviço, acredito que estamos desempenhando um trabalho de excelência nesse longo caminho de reconstrução. A nova estrutura física e eletrônica é fruto da contribuição financeira de amigos e das associações ARIRJ, CNB-RJ, IEPTB-RJ, ARPEN-RJ e ONR; sem as quais não seria possível a manutenção do serviço e a aquisição imediata de todo o maquinário necessário para a prestação do serviço”, ressalta Danielle.
A titular faz um agradecimento especial ao Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF) e a Seção Rio de Janeiro que, em suas palavras, “se fizeram presentes desde o primeiro momento, através do contato e da solidariedade na pessoa dos presidentes Giselle Oliveira de Barros e José Renato Vilarnovo; e, com o envio uma equipe jornalística ao local para documentar a tragédia”.
A tabeliã destaca que pela entidade, “recebeu auxílio emergencial através da doação de materiais e de equipamentos para instalação da sede provisória; e da contribuição financeira recebida, onde 100% foi revertida para a construção da nova sede”. O Colégio Notarial do Brasil também atuou no custeio do serviço de restauração dos livros notariais danificados.
Agora, uma nova etapa se inicia para o Ofício Único de Carapebus. Um recomeço com um novo horizonte se estabelece, com a unidade mais forte e preparada para receber os usuários carapebuenses.
“Tenho muito orgulho de fazer parte do Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro (CNB/RJ), uma associação que não só contribuiu para a continuidade da prestação do serviço e para a recuperação do patrimônio histórico, cultural e individual de cada cidadão; mas, que também zelou pela continuidade da minha própria carreira na seara extrajudicial em um momento de muita fragilidade”, completa a titular, Danielle Pulchieri.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro.