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Projeto monumental foi erguido como Ministério da Guerra durante o tempo em que o Rio de Janeiro foi capital da República

São 86 mil metros quadrados e 23 andares, área suficientemente grande para ser chamada de sede ministerial, durante o Estado Novo. Projetado em 1811 pelo engenheiro Manoel da Costa, o Quartel General foi construído em sete anos e ampliado em 1861, quando passou a abrigar o Ministério da Guerra, comandado por Duque de Caxias, militar brasileiro, considerado o Patrono do Exército.

Após uma longa reforma, novas instalações foram inauguradas por Hermes da Fonseca em 1910, quando o prédio passou a sediar, também, o Estado-Maior do Exército, criado em 1896. Ainda assim, o maior edifício público da época passou por uma grande reformulação logo depois. Um prédio ainda maior passou a ser construído 20 metros em relação à face posterior do antigo Quartel General, demolido em seguida. Em 28 de agosto de 1941 concluía-se um novo complexo, projetado pelo talento de Cristiano Stockler das Neves, especialista em uso de concreto armado, um tipo de estrutura que utiliza armações feitas com barras de aço.

Da ala principal se vê uma das avenidas mais importantes da cidade do Rio de Janeiro, que abriga até os dias de hoje, o centro comercial, o coração do centro. Estamos falando da Avenida Presidente Vargas, que começou a ser construída em 1941 e ficou pronta em 1944 no governo de Getúlio Vargas. Esta área do monumento abriga lojas que funcionam desde o subsolo, além de conter 10 andares e ainda 1 torre central com mais 13 pavimentos. Ao fundo de forma paralela, foi construída uma quarta ala com seis andares, que fecha o complexo.

Quatro anos depois da finalização das obras da avenida Presidente Vargas foi inaugurado o Panteão de Caxias, em 25 de agosto de 1949. Uma estátua equestre homenageia Luiz Alves de Lima e Silva, monumento onde também repousam os restos mortais do Patrono Duque de Caxias e de sua esposa Duquesa de Caxias, advindos do Cemitério São João Batista, localizado no bairro de Botafogo, zona sul da cidade. O palácio é tombado pelo Instituto Esatdual do Patrimônio Cultural desde dezembro de 1998.

Atualmente chamado de “Palácio Duque de Caxias”, o projeto arquitetônico é ocupado pelo Comando Militar do Leste, pela 1ª Região Militar, pelo Departamento de Ensino e Pesquisa e suas diretorias, e pelo Arquivo Histórico do Exército, entre outros órgãos.

Interior imponente e com riqueza de detalhes

Vitrôs, granitos e mármores advindos do Paraná, Santa Catarina e de Minas Gerais, além de painéis de bronze. Mas é o salão nobre de recepções, localizado no 10º andar, que ostenta as maiores beleza desta construção icônica, os vitrais no teto, batizados de A Batalha dos Guararapes, A defesa das fronteiras, Batalha do Avaí, República e A pátria brasileira.

“Uma região da cidade do Rio de Janeiro que viu muita história importante acontecer. A aclamação de Dom João VI como rei de Portugal, o dia do Fico, o dia em que Dom Pedro I discursou como imperador do Brasil, tudo isso, e muito mais, aconteceu nos arredores da Praça da República, próximo ao Palácio Duque de Caxias”, comenta o historiador Maurício Santos em entrevista ao site Diário do Rio, é também uma região que vê transitar milhares de pessoas diariamente, que abriga tanta história e beleza, mas que passa desapercebida diante da vida corrida e do dia a dia sacrificante do carioca.

Fonte: Assessoria de Comunicação – CNB/RJ – Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro

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